A revisão de longo prazo da frota acontece em meio aos avanços do programa 777X e ao histórico da Latam com o A350
A Latam Airlines retomou os estudos para substituir os Boeing 777-300ER, avaliando o Boeing 777-9 e o Airbus A350-1000 como alternativas para a renovação de sua frota a longo prazo.
O tema, abordado por Roberto Alvo durante a conferência da ALTA em outubro, ganha novo contexto com os recentes progressos do programa 777X e com o pedido bilionário da Emirates, que elevou sua carteira para 270 unidades do 777-9. A Latam, que foi cliente de lançamento do A350-900 nas Américas antes de encerrar as operações com o modelo em 2021 devido aos altos custos, agora revisita seu planejamento estratégico para a próxima década diante da recuperação da demanda global e do envelhecimento dos atuais 777-300ER.
A substituição não é imediata e deve ocorrer apenas na próxima década. A Latam afirma que os dez Boeing 777-300ER ainda têm vida útil significativa e continuam operando rotas intercontinentais a partir da unidade brasileira do grupo.
Os 777-300ER da companhia têm entre doze e dezessete anos de serviço, permanecendo abaixo da média de idade da frota global no segmento de fuselagem larga.
777-9 vs A350-1000
Entre as opções avaliadas, o Boeing 777-9 e o Airbus A350-1000 surgem como candidatos naturais. O 787, embora seja o principal widebody da Latam — com 37 unidades em operação e mais aeronaves encomendadas — atua numa faixa de mercado logo abaixo do 777-300ER, oferecendo menor capacidade e alcance.
A Boeing projeta o início das entregas do 777-9 apenas em 2027, após novas revisões no cronograma de certificação. Já a Airbus apresentou recentemente a primeira versão de alcance ultra longo do A350-1000, destinada ao Project Sunrise, da Qantas.
