A Colômbia receberá 15 caças Gripen E monopostos e dois Gripen F biplace, a serem entregues entre 2026 e 2032.
Saab anunciou que assinou o contrato com a Colômbia para a aquisição do Gripen E/F, após a seleção em abril de 2025. O contrato, assinado em 15 de novembro de 2025, inclui 15 caças Gripen E monopostos e dois Gripen F biplace, além de equipamentos e armamentos associados, treinamento e serviços.
O pedido está avaliado em €3,1 bilhões (US$3,6 bilhões), com as entregas das 17 aeronaves planejadas entre 2026 e 2032. Além disso, a Saab e o Governo colombiano também assinaram dois acordos de offset para projetos tanto militares quanto sociais, incluindo aeronáutica, cibersegurança, saúde, energia sustentável e tecnologia de purificação de água.
“Sinto-me honrado que a Colômbia tenha escolhido o Gripen E/F para aprimorar suas capacidades de defesa aérea e estou encantado em dar as boas-vindas à Colômbia à família Gripen. Isso marca o início de uma parceria forte e de longo prazo que fortalecerá a defesa e a segurança da Colômbia, beneficiará seu povo e impulsionará o poder de inovação da nação.”
— Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab.
Gripen e Colômbia
A seleção e aquisição do Gripen E/F pela Colômbia segue quase dois anos de especulações e reportagens não confirmadas. O presidente colombiano Gustavo Petro anunciou pessoalmente a decisão nas redes sociais, com uma carta de intenções assinada por seu gabinete, pela embaixadora da Suécia Helena Storm e por representantes da Saab.

Na época, Petro disse que a aquisição melhoraria a “defesa aérea estratégica da Colômbia.” Detalhes sobre o acordo não foram divulgados naquele momento, embora o presidente tenha observado que “a frota de aeronaves a ser adquirida é completamente nova, com a mais recente tecnologia, já operada no Brasil, e é da marca Saab 39 Gripen.”
Esse acordo torna a Colômbia o sétimo usuário internacional do Saab Gripen, juntando-se aos países do fabricante: Suécia, Brasil, República Tcheca, Hungria, Tailândia e África do Sul. Tanto autoridades do governo sueco quanto representantes da Saab saudaram a notícia sobre a seleção.
A Colômbia decidiu adquirir 17 Gripen E/F da @Saab. Com a Colômbia juntando-se à família Gripen, o Ministro da Defesa @PlJonson espera aprofundar a cooperação em política de defesa com a Colômbia. pic.twitter.com/uhkVYbPNq5
— Försvarsdepartementet (@ForsvarsdepSv) 15 de novembro de 2025
“Com a aquisição colombiana de 17 Gripen E/F, nossas relações de defesa se aprofundarão significativamente & a Colômbia receberá um dos maiores caças do mundo,” escreveu o Ministro da Defesa sueco Pal Jonson no X.
Uma vez em serviço na Força Aérea Colombiana, os Gripen substituirão os 20 antigos jatos IAI (Israel Aerospace Industries) Kfir adquiridos na década de 1980. O serviço tentou pela primeira vez substituí‑los em 2022, quando a Colômbia manteve conversações tanto com a Saab quanto com a Dassault Aviation, embora com a intenção de um pedido menor.
O Gripen E/F
O Gripen E é uma variante significativamente modernizada do caça Gripen, produzido originalmente na Suécia. Movido pelo potente motor GE F414G — que fornece 20% mais empuxo do que o motor RM12 do Gripen C —, ele também está equipado com um novo radar AESA (Active Electronically Scanned Array), um sistema IRST (Infrared Search and Track) e sistemas de Guerra Eletrônica (EW).


Com 10 pontos de suspensão para transportar diversas munições, é quase uma plataforma inteiramente nova, apresentando uma nova arquitetura de aviônicos com capacidades de fusão de dados, um visor de grande área na cabine e sistemas de missão abertos. Externamente, a aeronave é bastante semelhante às suas predecessoras, com o IRST à frente da cabine e as rédeas nas pontas das asas sendo os principais diferenciais.
Como parte da série Gripen E/F, existe também um projeto chamado Gripen Maritime. Esse projeto é concebido como um futuro caça embarcado para operações STOBAR (Short Take Off Barrier Arrested Landing) e CATOBAR (Catapult Assisted Take Off Barrier Arrested Landing).
A Tailândia tornou‑se recentemente a quarta nação a escolher oficialmente a nova variante Gripen, depois da Suécia, do Brasil e da Colômbia. Comparado ao Gripen original, o E/F teve vendas relativamente lentas, com 60 jatos adquiridos pela Suécia, 36 pelo Brasil, até 24 pela Colômbia e 12 pela Tailândia. O Peru também está em negociações para adquirir o jato.






