A Embraer comunicou a ampliação das capacidades do A-29 Super Tucano, que agora incorpora missões de combate a drones
A Embraer informou nesta terça-feira (11) a ampliação das capacidades do turboélice A-29 Super Tucano, que passa a englobar missões destinadas ao enfrentamento de sistemas aéreos não tripulados. A modernização incorpora novos sensores, datalinks e armamentos voltados à neutralização de ameaças contemporâneas.
Segundo o fabricante, o novo Conceito Operacional (Conops) permitirá que operadores atuais e futuros adicionem o combate a Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT) aos perfis operacionais da aeronave de forma modular e conforme a necessidade.
Capacidades técnicas e integração de sensores
A atualização do A-29 inclui um conjunto de sistemas e equipamentos destinados ao enfrentamento de drones hostis. Entre os principais elementos estão o sensor eletro-óptico/infravermelho (EO/IR) com designador laser, datalinks específicos para o direcionamento de alvos e foguetes guiados por laser, além de metralhadoras .50 instaladas nas asas.
Essas mudanças visam reforçar a vigilância, o rastreamento e o ataque de precisão do Super Tucano, com foco em cenários assimétricos e conflitos irregulares.
Histórico e desempenho operacional
Com mais de 600.000 horas de voo acumuladas, o A-29 Super Tucano é um turboélice de ataque leve e para treinamento avançado. A aeronave opera em ambientes austeros, inclusive em pistas não pavimentadas, e é empregada por 22 forças aéreas ao redor do mundo.
O modelo realiza missões de apoio aéreo aproximado (CAS), patrulha aérea, interdição, formação de controladores de ataque conjunto, inteligência, vigilância e reconhecimento armado (IVR), além de operações de fronteira e escolta aérea. A plataforma multimissão conta com aviônicos e interfaces homem-máquina (HMI) avançados, estrutura reforçada, manutenção facilitada e elevada disponibilidade.
O A-29 adapta-se a diversas configurações táticas, podendo atuar tanto em missões convencionais quanto em cenários de conflito irregular.
