O primeiro Airbus A321XLR destinado à companhia privada uzbeque Qanot Sharq foi avistado ao deixar a oficina de pintura na instalação da Airbus em Finkenwerder, perto de Hamburgo, Alemanha, onde está sendo preparado para entrega.
Algumas imagens desta aeronave, já com o esquema azul e branco da Qanot Sharq e ostentando um logotipo que promove seu país natal, o Uzbequistão, surgiram nas redes sociais.
Esta aeronave (ainda exibindo a matrícula de teste temporária da Airbus D-AYAB), que se espera entre em serviço antes do final de 2025, será o primeiro A321XLR a ser baseado na Ásia Central. É também a primeira de três A321XLR que a Qanot Shark arrendou à Air Lease Corporation em fevereiro de 2025. Esse pedido também incluiu dois A321LR.
Em outubro de 2025, a Qanot Sharq opera uma frota totalmente Airbus que inclui dois A320ceo e um A321neo, além de dois A330. Além das aeronaves XLR e LR mencionadas, a Qanot Shark tem também um a320neo adicional encomendado.
Lançada em 2021, a Qanot Sharq faz parte de um grupo de novas companhias aéreas uzbeques que estão aproveitando a liberalização do mercado de viagens aéreas do país e sua abertura ao turismo. Essa mudança sísmica no regime regulatório do Uzbequistão resultou em um número crescente de visitantes ao país da Ásia Central, a ponto de o governo ter ativado planos para expandir significativamente sua infraestrutura aeroportuária. No início de outubro de 2025, o presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, lançou a construção de um novo aeroporto internacional de US$ 2,5 bilhões na capital do país.
Nesse sentido, a Qanot Shark tem planos ambiciosos de expandir sua rede pelo Oriente Médio, Europa, Ásia e até os Estados Unidos. Em outubro de 2025, a companhia aérea uzbeque protocolou um pedido junto ao Departamento de Transportes dos EUA (DOT) para poder operar um serviço duas vezes por semana entre Tashkent (TAS) e Nova York (JFK) via Budapeste (BUD).
Embora o Uzbequistão e os Estados Unidos mantenham um acordo Open Skies desde 1998, se confirmado, o serviço da Qanot Sharq se tornará a primeira e, até agora, única ligação direta entre os EUA e a Ásia Central.
