All Nippon Airways (ANA) anunciou em 30 de outubro de 2025 que descontinuará a marca AirJapan como parte de um realinhamento estratégico de marca.
A AirJapan manterá seu próprio certificado de operador aéreo dentro do Grupo ANA, mas suas operações serão assumidas pela companhia aérea principal da ANA.
A ANA lançou a AirJapan em 2022 como uma transportadora internacional híbrida e orientada ao valor, com foco principal em transportar turistas de toda a Ásia para o Japão. A criação da AirJapan foi, em parte, uma resposta ao lançamento da Zipair Tokyo em 2020, uma companhia com proposta de valor semelhante criada pela concorrente Japan Airlines (JAL).
Em 30 de outubro de 2025, a AirJapan opera uma frota de dois Boeing 787-8 em serviços entre Tóquio-Narita e três destinos na Ásia: Seul-Incheon (ICN), Bangkok (BKK) e Singapura (SIN). Esses serviços serão encerrados até 29 de março de 2026.
A outra marca aérea do Grupo ANA, a companhia de baixo custo Peach, que opera uma frota narrowbody totalmente Airbus, não sofrerá alterações.
A companhia japonesa atribuiu essa decisão a desafios impostos pelo ambiente de negócios global. Em particular, o comunicado de imprensa da ANA anunciando a retirada da marca AirJapan citou a guerra na Ucrânia, bem como atrasos na entrega de aeronaves e problemas relacionados ao tempo que os B787 passam em solo.
A decisão de reestruturar as marcas do grupo foi anunciada ao mesmo tempo em que a ANA divulgou resultados recordes no primeiro semestre do seu ano fiscal 2025/26.
A ANA registrou receita operacional recorde de 1,19 trilhão de ienes (US$7,9 bilhões) no primeiro semestre do exercício de 2025, e um lucro operacional de 97,6 bilhões de ienes (US$634 milhões).
O tráfego internacional, tanto de entrada quanto de saída, tem sido o pilar dos resultados da ANA. A ANA vem expandindo sua rede internacional com novos serviços para Milão Malpensa (MXP), Estocolmo (ARN) e Istambul (IST).
No entanto, o mercado doméstico permanece fraco. O número de passageiros domésticos aumentou devido a esquemas de incentivo de preços, mas o negócio doméstico da ANA enfrenta desafios estruturais de rentabilidade, já que o tráfego corporativo ainda não se recuperou totalmente após a pandemia.
O grupo japonês também revisou para cima sua previsão de lucro operacional para o ano inteiro, para 200 bilhões de ienes (US$1,3 bilhão), enquanto capitaliza o forte fluxo de turistas estrangeiros para o Japão, bem como a integração da Nippon Cargo Airlines. Em agosto de 2025, a ANA completou a aquisição desse operador de carga aérea, que possui uma frota de oito cargueiros B747-8.






