A Suécia e a Ucrânia assinaram uma carta de intenções sobre a possível venda de mais de 100 caças Saab JAS 39 Gripen E, anunciou o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson durante uma aparição conjunta com o presidente Volodymyr Zelensky em Linköping, em 22 de outubro.
Segundo a emissora sueca TV4, o documento delineia um quadro para a possível transferência de entre 100 e 150 aeronaves Gripen E, um número que faria desse negócio uma das maiores exportações de caças na história da Saab. Kristersson descreveu o acordo como um passo que “nos aproxima de um grande contrato de exportação”.
Visão de longo prazo após a guerra
Em setembro de 2025, o ministro da Defesa sueco Pål Jonson enfatizou que qualquer venda de caças Gripen E/F de nova fabricação só poderia ocorrer após o fim da guerra com a Rússia, citando os riscos políticos e operacionais de fornecer aeronaves de combate avançadas a uma zona de conflito ativa.
A Suécia havia anteriormente pausado as discussões sobre a transferência de jatos Gripen para a Ucrânia para permitir que seus parceiros se concentrassem na introdução do F-16 Fighting Falcon, mas continuou a explorar a cooperação de longo prazo com Kyiv.
Possibilidade de Gripens mais antigos
Embora a carta de intenções se concentre no modelo mais recente, o Gripen E, a mídia sueca sugere que um número limitado de caças Gripen C/D, possivelmente cerca de 10, poderia ser disponibilizado antes, dependendo do cronograma de transição da própria Suécia à medida que incorpora a variante E em serviço.
Uma abordagem mista, combinando acesso imediato a fuselagens existentes com entregas futuras de aeronaves de nova fabricação, estaria sendo considerada.
Impacto industrial e político
Um acordo superior a 100 jatos representaria uma expansão significativa do backlog de produção da Saab. Para a Ucrânia, a perspectiva de operar uma grande frota de Gripen representaria um salto importante na capacidade de combate aéreo, trazendo sensores avançados, enlaces de dados e desempenho para operações dispersas projetados para ambientes contestados.
No entanto, o cronograma, o financiamento e o alcance do acordo permanecem em aberto, e ambos os governos enfatizaram que são necessárias negociações adicionais antes que qualquer aquisição formal possa prosseguir.






