A Southwest Airlines continua a avançar com seu abrangente plano de transformação, revelando duas iniciativas significativas em 15 de outubro de 2025, ambas destinadas a melhorar a experiência dos passageiros e aumentar a rentabilidade.
Pela primeira vez, a companhia aérea de baixo custo apresentou os interiores de cabine redesenhados para a frota Boeing 737 MAX. Essa reformulação da cabine foi anunciada pela primeira vez em fevereiro de 2024 e será aplicada a todas as aeronaves B737 MAX novas de fábrica que ingressarem na frota a partir de agora.
A primeira aeronave a receber essa nova configuração de 175 assentos é um Boeing 737 MAX 8 (matrícula N8972S), que entrará em serviço em 16 de outubro de 2025.
Tonais azuis dominam a nova cabine, que está equipada com assentos slim RECARO R2. As fileiras na parte frontal da aeronave são assentos Extra Legroom (ELR) e são identificadas como tal por uma ligeira diferença no padrão do revestimento dos assentos, que apresenta sutilmente uma cor mais clara na sua seção superior.
Esses assentos não possuem telas embutidas, mas contam com suportes para dispositivos pessoais e portas/tomadas de alimentação USB-A e USB-C. A Southwest também oferecerá conectividade Wi‑Fi fornecida pela Viasat a bordo de suas novas aeronaves MAX.
De acordo com dados da ch-aviation, em 16 de outubro de 2025 a Southwest Airlines tem 274 novos Boeing 737 MAX 7 e 197 MAX 8 encomendados.
Essas melhorias de produto fazem parte da busca da Southwest por aumentar sua lucratividade, enquanto enfrenta um escrutínio maior de investidores ativistas como a Elliott. Isso também inclui investimentos significativos em sua infraestrutura tecnológica e de gestão de receita.
Apostando em tecnologia de re-commerce para aumentar a receita
No mesmo dia em que apresentou as novas cabines, a companhia aérea também anunciou uma parceria com a Volantio, uma empresa de tecnologia especializada em otimização de receita pós-venda.
A Volantio desenvolveu um sistema que permite às companhias aéreas analisar grandes volumes de dados para identificar voos que terão alta demanda e que provavelmente alcançarão preços maiores. Isso dá à companhia a chance de contatar proativamente clientes que já possuem bilhetes para esses voos e oferecer-lhes dinheiro para recomprar os bilhetes antes de revendê‑los posteriormente a um preço mais alto.
O ponto-chave desse conceito é que todas as recompras de bilhetes são executadas de forma voluntária, após o passageiro aceitar uma oferta monetária para vender seu bilhete de volta à companhia aérea.
Uma análise mais detalhada da tecnologia de revenda de bilhetes
A AeroTime encontrou-se com o cofundador e CEO da Volantio, Azim Barodawala, no World Aviation Festival, um importante evento de tecnologia para companhias aéreas que aconteceu em Lisboa, Portugal, de 7 a 9 de outubro de 2025, para saber mais sobre essa tecnologia.
“Nosso negócio baseia-se em uma única premissa: que os viajantes são mais flexíveis do que se imagina,” explicou Barodawala.
Sua equipe realizou uma pesquisa com uma amostra de mais de 2.000 pessoas em nove países, ajustada por idade e renda, e constatou que 87% demonstraram algum grau de flexibilidade para alterar seus planos de viagem (desde que fossem devidamente compensados).
Barodawala também explicou que a Volantio já trabalha com companhias como Alaska Airlines, JetBlue, Qantas e as empresas do grupo IAG, e que também começou a aplicar os mesmos princípios a espetáculos da Broadway.
“Não estamos falando apenas de aviação,” disse ele. “Existem várias indústrias trilionárias em todo o mundo, desde o transporte marítimo de cargas até eventos ao vivo, que têm três características comuns: oferta limitada, demanda volátil e inventário perecível. Começamos pela aviação, mas acredito que também há muito valor fora disso.”
