A Wizz Air pretende concluir a suspensão relacionada a motores de suas aeronaves Airbus até o final de 2027, mas ainda não observou qualquer melhora nos problemas de fornecimento da Pratt & Whitney que mantiveram dezenas de seus aviões fora de serviço, afirmou o Diretor Financeiro da companhia, Ian Malin.
Falando na conferência da International Society of Transport Aircraft Trading (ISTAT) em Praga, Malin observou que o número de aeronaves da Wizz Air imobilizadas, devido aos longos prazos de espera para inspeções e reparos dos motores geared turbofan (GTF) da Pratt & Whitney, diminuiu para 38, partindo de um pico de quase 60.
“No geral, o plano agora é colocar toda a frota de volta em operação até o final do ano civil de 2027. Esse é o objetivo para o qual estamos trabalhando,” disse Malin durante a conferência. “Isso será desafiador, especialmente quando estamos aqui com 38 aeronaves [imobilizadas].”
Em seus resultados financeiros do exercício fiscal de 2025, encerrado em 31 de março de 2025, a Wizz Air reportou uma queda de 61,7% no lucro operacional, que caiu para €167,5 milhões, ante €437,9 milhões no exercício fiscal de 2024, citando “desafios significativos”.
A companhia enfrentou dificuldades para competir financeiramente com outras aéreas europeias e manteve uma perspectiva negativa. Segundo a empresa, ela passou por uma “recuperação mais lenta do que o esperado, impulsionada pelo alto nível de imobilizações decorrentes do problema com os motores GTF”.
Desde 2023, a Wizz Air tem enfrentado problemas significativos com suas aeronaves da família Airbus A320neo, principalmente devido a defeitos relacionados a metal em pó que afetam os motores GTF da Pratt & Whitney, resultando na imobilização de numerosas aeronaves da família Airbus A320neo em todo o mundo.
Embora as imobilizações relacionadas aos motores continuem, a Pratt & Whitney forneceu um pacote de apoio à Wizz Air para ajudar a mitigar o impacto financeiro e operacional causado pelas aeronaves afetadas.
