No Congresso Internacional de Astronáutica (IAC) que acontece em Sydney esta semana, representantes dos Estados Unidos e da Austrália se reuniram para assinar um acordo-quadro que fortalece a colaboração em aeronáutica e exploração espacial entre as duas nações.
O administrador em exercício da NASA, Sean Duffy, e o diretor da Agência Espacial Australiana, Enrico Palermo, assinaram o acordo na terça-feira em nome de seus respectivos países.
“A Austrália é uma parceira espacial importante e de longa data, da Apollo à Artemis, e este acordo depende dessa parceria”, disse Duffy. “Acordos internacionais como este servem para alavancar nossos recursos e aumentar nossas capacidades e retornos científicos para todos, mostrando-se fundamentais para os planos da NASA, desde a órbita terrestre baixa até a Lua, Marte e além.”
O ministro australiano da Indústria e Inovação e ministro da Ciência, Tim Ayres, afirmou que a assinatura se baseia em mais de meio século de colaboração entre as duas nações.
“Reforçar a parceria da Austrália com os EUA e com a NASA cria novas oportunidades para ideias e tecnologias australianas, aprimora a capacidade industrial da Austrália, aumenta a produtividade e fortalece a resiliência econômica”, disse Ayres.
Conhecido como o “Acordo-Quadro entre o Governo dos Estados Unidos da América e o Governo da Austrália sobre Cooperação em Aeronáutica e na Exploração e Uso do Espaço Aéreo e do Espaço Extra-atmosférico para Fins Pacíficos”, ele reconhece uma cooperação mutuamente benéfica para os EUA e a Austrália e estabelece o arcabouço jurídico sob o qual os países colaborarão.
As possíveis áreas de cooperação incluem exploração espacial, ciência espacial, ciências da Terra incluindo geodesia, medicina espacial e ciências da vida, pesquisa em aeronáutica e tecnologia.
A NASA colabora com a Austrália em atividades espaciais civis desde 1960, quando os dois países assinaram seu primeiro acordo espacial cooperativo. O Complexo de Comunicações de Espaço Profundo de Canberra desempenhou um papel vital no apoio ao Programa Apollo da NASA, mais notavelmente durante a missão Apollo 13. Hoje, o complexo é uma das três estações globais da Rede de Espaço Profundo da NASA, apoiando missões robóticas e tripuladas.
Como um dos signatários originais dos Acordos Artemis, a Austrália juntou-se aos Estados Unidos sob a administração do presidente Donald Trump e a seis outras nações em outubro de 2020, apoiando um conjunto básico de princípios para o uso seguro e responsável do espaço. Líderes espaciais globais de muitos dos 56 países signatários se reuniram no IAC em Sydney esta semana para avançar sua implementação.
Como parte de uma parceria existente com a Agência Espacial Australiana, a Austrália está desenvolvendo um rover lunar semiautônomo, que levará um instrumento de análise da NASA destinado a demonstrar tecnologia para fins científicos e de exploração. O rover está programado para ser lançado até o final desta década por meio da iniciativa CLPS (Commercial Lunar Payload Services) da NASA.
As parcerias internacionais da NASA refletem o compromisso da agência com a exploração espacial pacífica e colaborativa. Baseando-se em um legado de cooperação, desde o ônibus espacial até a Estação Espacial Internacional e agora a Artemis, as parcerias internacionais apoiam os planos da NASA para a exploração lunar sob a campanha Artemis e a futura exploração humana de Marte.
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