A Força Aérea dos EUA diz que precisa aumentar sua frota de caças em mais de 1.500 aeronaves na próxima década para atender aos requisitos de defesa nacional, de acordo com um novo relatório submetido ao Congresso.
O plano não classificado de 10 anos prevê um total de 1.558 caças prontos para combate, acima da projeção atual de 1.271 aeronaves no ano fiscal de 2026. O aumento exigiria uma produção mais rápida dos jatos F-15EX e F-35A e a modernização contínua das aeronaves existentes.
O relatório, obtido por vários veículos de notícias de defesa e divulgado primeiramente por Inside Defense, foi assinado pelo Secretário da Força Aérea Troy Meink. Solicitado pelo Congresso como parte da Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2025, descreve como a Força Aérea planeja equilibrar modernização com viabilidade orçamentária enquanto se prepara para ameaças de concorrentes com capacidade comparável.
“O Departamento da Força Aérea está focado em modernizar as atuais frotas de caças de quinta geração e legados, expandir capacidades de combate e adquirir nova capacidade avançada de caça”, afirma o documento, segundo reportagens da mídia.
Para atingir a meta, a Força teria que aumentar a aquisição tanto dos caças Boeing F-15EX Eagle II quanto dos Lockheed Martin F-35A Lightning II. O relatório diz que a Boeing pode alcançar uma taxa máxima de produção de 24 F-15EX por ano até 2027 e até 36 anualmente com novo financiamento para instalações. A Força Aérea planeja comprar 129 F-15EX no total, com 126 entregas previstas até 2030.
A Boeing afirmou que a linha do F-15 permanecerá aberta bem dentro da próxima década, com pedidos domésticos e internacionais apoiando a produção. “Estamos aumentando a produção para atender à demanda prevista”, disse Mark Sears, vice‑presidente de caças da Boeing.
O relatório descreve o F-35A como “a base da estrutura de força de caças da Força Aérea” e diz que a Força pretende aumentar as aquisições assim que os atrasos atuais nas atualizações forem resolvidos. A Lockheed Martin afirma que pode construir até 165 F-35s por ano, no total entre todas as variantes, até 2030, com 100 desses possivelmente destinados à Força Aérea.
A Lockheed chamou o F-35 de “a capacidade e tecnologia de caça mais avançada” disponível para manter a superioridade aérea. A empresa disse que está expandindo a capacidade por meio de uma nova parceria com a alemã Rheinmetall para produzir fuselagens centrais.
O relatório também faz referência ao F-47, uma aeronave de próxima geração sendo desenvolvida no âmbito do programa Next Generation Air Dominance. Espera‑se que linhas de produção para o jato sejam abertas em breve, embora nenhum número não classificado tenha sido fornecido. O F-47 será pareado com drones acompanhantes autônomos no programa Collaborative Combat Aircraft.
O plano também depende da aposentadoria de aeronaves envelhecidas para liberar financiamento. A Força Aérea pretende aposentar todos os A-10 remanescentes até 2026 e começar a desativar alguns caças mais antigos F-22. A Guarda Aérea Nacional reterá 24 esquadrões de caças além de 2045, fazendo a transição para novos F-15EX, F-16 e F-35.
O serviço também relata um déficit anual de US$400 milhões no financiamento de manutenção e sustentação, que, segundo diz, precisa ser corrigido para manter a prontidão. Planeja aumentar as horas de voo para treinamento de pilotos, mas alerta que pressões de custo exigirão compensações em outras partes do orçamento.
Muito embora com o investimento adicional, a Força Aérea alerta que atingir sua meta de 1.558 caças até 2035 dependerá de financiamento consistente e de cronogramas de produção regulares. O relatório afirma que a frota ampliada é essencial para cumprir obrigações globais e manter a dissuasão à medida que ameaças avançadas surgem.






