A RTX, empresa‑mãe da Collins Aerospace, Pratt & Whitney e Raytheon, divulgou resultados do terceiro trimestre melhores do que o esperado e elevou sua previsão para todo o ano de 2025, à medida que a demanda por motores a jato, peças de aeronaves, aviônica e sistemas de defesa aérea permaneceu forte.
A empresa norte‑americana informou que a receita aumentou 12%, para US$22,5 bilhões, enquanto o lucro ajustado por ação foi de US$1,70. A companhia gerou US$4,6 bilhões em fluxo de caixa operacional e US$4 bilhões em fluxo de caixa livre.
A RTX também registrou US$37 bilhões em novas adjudicações durante o trimestre e encerrou setembro de 2025 com um backlog de pedidos de US$251 bilhões — cerca de US$148 bilhões ligados à aviação comercial e US$103 bilhões à defesa — dando à empresa uma longa visibilidade de trabalho futuro. A administração retornou US$900 milhões aos acionistas e pagou US$2,9 bilhões em dívidas, além de concluir a venda do negócio de atuadores e controle de voo da Collins.
Com base nessas tendências, a RTX elevou suas projeções para 2025. Agora espera vendas ajustadas de US$86,5–US$87,0 bilhões (ante US$84,75–US$85,5 bilhões) e lucro ajustado de US$6,10–US$6,20 por ação, mantendo a previsão de fluxo de caixa livre em US$7,0–US$7,5 bilhões. A empresa afirmou que a demanda robusta em seus negócios justifica a perspectiva mais alta.
O que impulsionou o trimestre
A Collins Aerospace, que fornece aviônica, interiores e outros sistemas aeronáuticos, registrou receita de US$7,62 bilhões, alta de 8%. O crescimento veio tanto de equipamentos originais para novas aeronaves — especialmente modelos de corredor único — quanto da maior compra de peças e de reparos pelas companhias aéreas, já que o tráfego aéreo global segue intenso. A Collins também registrou aumento nas vendas militares em programas como o Survivable Airborne Operations Center da Força Aérea dos EUA.
A Pratt & Whitney, fabricante de motores da RTX, registrou aumento de 16% na receita, para US$8,42 bilhões. O trabalho de pós‑venda comercial — inspeções, peças e visitas à oficina — foi um dos principais contribuintes, e as vendas militares também cresceram, impulsionadas pelo motor F135, que equipa o caça F‑35. Em agosto, a Pratt conquistou um contrato de produção Lot 18 de aproximadamente US$2,8 bilhões para o F135, o que sustentou um maior volume militar no trimestre.
A Raytheon, que fabrica mísseis, radares e sistemas de defesa aérea, teve crescimento de 10% na receita, para US$7,05 bilhões. A demanda permaneceu forte por sistemas de defesa aérea Patriot internacionalmente e por programas navais como o SM‑6 e o Evolved SeaSparrow Missile, refletindo as maiores necessidades de segurança globais.
A RTX é a maior empresa aeroespacial e de defesa do mundo em vendas, formada pela fusão de 2020 das unidades aeroespaciais da United Technologies com a Raytheon. Seus três negócios abrangem grande parte da aviação comercial e militar: a Collins equipa aeronaves com sistemas críticos; a Pratt & Whitney projeta e presta serviços a motores a jato; e a Raytheon fornece defesa aérea e antimísseis, sensores e equipamentos de comando e controle. Essa combinação dá à RTX exposição ao crescimento das companhias aéreas e da aviação executiva, ao aumento da demanda por motores e ao crescimento dos gastos com defesa.
O trimestre mais recente reforça esse equilíbrio. A aviação continuou a manter alta a demanda por peças e visitas às oficinas de motores, enquanto governos estão encomendando mais sistemas de defesa aérea e navais. Juntas, essas tendências ajudaram a RTX a superar as expectativas e a elevar sua perspectiva para o ano.
A RTX afirma estar focada em reduzir seu recorde de pedidos, aumentando a produção em “programas críticos”, como o motor F135, ao mesmo tempo em que investe em produtos e serviços de próxima geração.






