A arte em aeroportos continua a inovar, a ganhar prêmios e a surpreender e encantar os viajantes — e muito mais está por vir, escreve Joe Bates.
AEROPLANE CHESS EM HONG KONG
Um icônico jogo de tabuleiro chinês, ‘Aeroplane Chess’, ganhou vida no Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Hong Kong graças à transformação de uma área pública de assentos em uma nova e envolvente instalação artística.
Para os não iniciados como eu, Aeroplane Chess, ou Fei Xing Qi, é um popular jogo chinês do tipo “cruz e círculo”, semelhante ao Ludo e ao Pachisi, em que os jogadores correm com suas peças de avião ao redor do tabuleiro para chegar primeiro ao centro.
Projetada pelo estúdio criativo local STICKYLINE em colaboração com o Hong Kong Arts Centre, a obra imersiva em HKG reinventou a área de assentos entre as pistas de check-in D & E no Nível de Partidas (L7) em uma versão ampliada e lúdica do popular jogo de tabuleiro.
Segundo a Airport Authority Hong Kong, a nova adição apresenta os padrões coloridos e icônicos do jogo e constrói uma vibrante paisagem geométrica 3D que convida os viajantes a embarcar em uma jornada moldada pelo movimento, pela conexão e pela descoberta.
Afirma-se: “Aeroplane Chess, um jogo de tabuleiro icônico em Hong Kong, é uma parte querida das nossas memórias de infância e molda nossas primeiras impressões sobre o voo.
“O aeroporto serve como um centro para inúmeros viajantes que embarcam em suas jornadas — alguns estão prontos para partir, enquanto outros estão voltando para casa. Aqui, seus caminhos podem se cruzar ou se separar, criando uma cena vibrante e dinâmica.”
PRÊMIO GLOBAL DE DESIGN PARA A OBRA CINÉTICA DE INCHEON
A impressionante instalação de arte cinética no recém-expandido Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Incheon está começando a chamar atenção e a ganhar prêmios!
De fato, ela já recebeu três grandes prêmios até o momento, do Red Dot e do iF Design (ambos sediados na Alemanha) e outro do IDEA, nos Estados Unidos.
Chamada ‘The Eternal Sky’, a obra cinética foi criada usando tecnologia digital avançada, com movimentos projetados para representar os deslocamentos de animais em perigo de extinção.
Movida por inteligência artificial e aprendizagem profunda, a instalação integra dados em tempo real sobre elementos como o sol, as nuvens e o clima em sua performance visual.
Sua estrutura montada no teto move-se por meio de robótica avançada, fundindo arte e tecnologia em uma experiência digital imersiva que tem cativado público e crítica.
A ARTE DO RUÍDO NO AEROPORTO HEATHROW, EM LONDRES
O indicado ao Grammy Jordan Rakei lançou o que se acredita ser a primeira faixa do mundo criada inteiramente com sons de um aeroporto.
Rakei teve acesso sem precedentes ao aeroporto para criar a nova trilha sonora do verão, que traz ritmos que vão desde as batidas das esteiras de bagagem até o zumbido das escadas rolantes.
A música foi pensada para oferecer aos passageiros uma mistura que combina com o humor para dar início às suas jornadas e foi reproduzida em loop pelos terminais durante este verão.
O hub do Reino Unido afirma que a iniciativa é uma ode ao icônico Music for Airports, de Brian Eno, creditado por lançar o gênero da música ambiente.
Para constar, a parte de percussão da faixa foi feita a partir dos sons de passaportes sendo carimbados e de malas batendo na esteira; uma fonte de água forneceu ambientação e ASMR; um jato decolando foi transformado em um sintetizador; e uma sirene de controle de bagagens virou um sintetizador suave.
Também foram incluídos sons de cenas famosas de filmes, como o toque dos pés dos passageiros enquanto esperam em um portão no Terminal 2 (presente em Bend It Like Beckham), os bipes do scanner de segurança do Terminal 3 que Sam atravessa para alcançar Joanna em Love Actually, e os motores girando no pátio onde Die Another Day foi filmado.
Rakei entusiasma-se: “Tendo viajado por todo o mundo por causa da minha música e passado grande parte do tempo em aeroportos, sempre adorei aquela vibração que vem com a excitação e a antecipação da viagem. Portanto, ter a chance de transformar os muitos sons de Heathrow em música foi uma honra.”
NOVA LOCALIZAÇÃO NO PIT PARA OBRA CLÁSSICA
O icônico móbile cinético de Alexander Calder está sendo relocadо para o átrio landside do novo terminal do Aeroporto Internacional de Pittsburgh, onde será exibido como peça central de sua coleção de arte, oferecendo uma recepção calorosa e inspiradora a todo viajante.
Instalado pela primeira vez no PIT em 1959, o móbile de 600lb esteve quase sempre presente na entrada pelo aeroporto por 70 anos, com a notável exceção de uma curta passagem pelo Carnegie Museum of Art, e os últimos dois anos foram passados em armazenamento em preparação para sua mudança ao novo terminal.
“As pessoas simplesmente esperam ver o Calder no aeroporto”, diz Keny Marshall, gerente de artes e cultura do PIT.
E embora o novo terminal landside não tenha sido projetado em torno da escultura, seu “local de destaque” foi definido em colaboração com os arquitetos — luis vidal + architects em associação com Gensler + HDR — para realçar a peça e dar ao público uma melhor visão dela, observa Marshall.
Chamado ‘Pittsburgh’, o móbile é feito de hastes de aço pretas e pás de alumínio brancas, e é equilibrado de modo que os elementos se movam com a mais leve brisa, permitindo a ativação do móbile.
GRANDES PLANOS PARA O NOVO TERMINAL 6 DO JFK
O novo Terminal 6 do Aeroporto Internacional John F. Kennedy (JFK) contará com um corredor de Chegadas Internacionais que terá a sensação de um distrito de artes de Nova York dentro do aeroporto, segundo seus desenvolvedores.
A Port Authority of New York and New Jersey (PANYNJ) e a JFK Millennium Partners (JMP), a empresa selecionada para construir e operar o muito aguardado Terminal 6, de US$4,2 bilhões, anunciaram uma colaboração histórica com quatro instituições culturais de destaque da cidade de Nova York — o American Museum of Natural History, o Lincoln Center for the Performing Arts, o Metropolitan Museum of Art e o Museum of Modern Art — para tornar o projeto uma realidade.
O diretor executivo da PANYNJ, Rick Cotton, disse: “Para uma região conhecida por seus museus e centros de artes performáticas, é mais do que apropriado que os visitantes que chegarem ao Terminal 6 sejam recebidos por mostras vibrantes de quatro de nossas instituições culturais mais populares.”
