Em 2025, a NASA e seus parceiros internacionais celebram 25 anos de presença humana contínua a bordo da Estação Espacial Internacional. Desde 2 de novembro de 2000, mais de 290 pessoas de 26 países viveram e trabalharam no laboratório orbital, conduzindo milhares de experimentos que avançaram a ciência e a tecnologia na Terra e abriram caminho para as missões Artemis à Lua e futuras viagens a Marte.
Além de seu papel como plataforma de ciência, a estação tem sido uma ponte — conectando culturas, despertando criatividade e inspirando gerações. As memórias de funcionários do Johnson Space Center refletem como o laboratório orbital é não apenas uma maravilha da engenharia, mas também um empreendimento profundamente humano.
Christopher Brown – Avançando Sistemas de Suporte de Vida para Exploração Futura
Como integrador do Sistema de Controle Ambiental e Suporte de Vida (ECLSS) da estação espacial, o papel de Christopher Brown foi garantir que os astronautas tivessem ar e água limpos. O ECLSS remove dióxido de carbono do ar, fornece oxigênio para respiração e recicla águas residuais — transformando o café de ontem no café de amanhã. Hoje, esses sistemas conseguem recuperar quase 98% da água levada à estação.
Sua memória mais orgulhosa foi colocar em operação sistemas regenerativos de suporte de vida e erguer um brinde simbólico com a tripulação enquanto estava no console no centro de controle da missão. Ele também ajudou a ativar o Sistema de Armazenamento de Água, economizando tempo da tripulação e melhorando as operações na estação. Para Brown, esses marcos foram passos vitais rumo a futuras missões de longa duração além da Terra.
Stephanie Sipila – O Coração da Pesquisa em Microgravidade
Stephanie Sipila, agora gerente de integração do Programa de Atividade Extraveicular e Mobilidade Humana na Superfície da NASA, começou sua carreira como instrutora de sistemas mecânicos e robóticos para o posto orbital. Seu experimento favorito, Tecidos Cardíacos Projetados, estuda o efeito da microgravidade no coração humano para ajudar a desenvolver novos tratamentos para doenças cardiovasculares. Ela lembra da astronauta da NASA Sunita Williams correndo a Maratona de Boston em uma esteira a bordo da estação, tornando-se a primeira pessoa a completar a prova no espaço e mostrando como os astronautas permanecem conectados à Terra enquanto vivem em órbita.
Sipila também destaca o Spacesuit Art Project, uma iniciativa que transformou obras de arte de crianças com câncer em trajes espaciais levados e usados a bordo do posto orbital durante transmissões ao vivo, conectando ciência, arte e esperança — e aumentando a conscientização sobre pesquisas sobre o câncer realizadas a bordo do posto orbital.
Liz Warren – Onde a Exploração Encontra a Humanidade
A Cientista-Chefe Associada da estação espacial, Liz Warren, viu em primeira mão como o Spacesuit Art Project elevou o ânimo de crianças na Terra. Durante a Expedição 52, ela assistiu o astronauta Jack Fischer usar um traje coberto por obras de arte criadas por jovens pacientes com câncer, incluindo a própria filha dele, uma sobrevivente. “Foi incrivelmente comovente notar o poder da arte e da inspiração. O voo espacial humano exige coragem, resiliência e trabalho em equipe — assim como a luta contra o câncer infantil”, disse Warren.
Suas memórias também se estendem ao tempo em que foi líder de operações do Programa de Pesquisa Humana da NASA, que usa pesquisas para desenvolver métodos de proteção da saúde e do desempenho dos astronautas no espaço, visando preparar missões de longa duração. Enquanto fazia uma corrida no fim de semana, Warren recebeu uma ligação do Centro de Operações e Integração de Cargas em Huntsville, Alabama. Um astronauta na estação, seguindo uma dieta prescrita para um estudo de pesquisa, queria trocar um item de comida. Warren coordenou com sua equipe de apoio e transmitiu a decisão de volta à órbita — tudo isso enquanto continuava sua corrida. O momento, ela recorda, ressaltou a conexão constante e em tempo real entre os astronautas no espaço e as equipes em terra.
Adam Baker – Xeque-mate: Limpeza de Detritos Espaciais
Como engenheiro aeroespacial, Adam Baker ajudou a acompanhar experimentos e operações de veículos espaciais a partir do centro de controle da missão. Baker lembra quando o centro de controle jogou uma partida de xadrez ao vivo com o astronauta Greg Chamitoff durante a Expedição 17, um momento que mostrou as maneiras únicas como a estação conecta as tripulações em órbita com pessoas na Terra. Seu projeto técnico favorito, no entanto, foi o pequeno satélite RemoveDebris, lançado a partir da estação em 2018 para testar tecnologias de limpeza de lixo espacial. “Saber que esses experimentos poderiam um dia ajudar a manter o ambiente orbital seguro tornou tudo ainda mais significativo”, disse ele.
Michael McFarlane – Treinamento para o Sucesso
Como chefe do Departamento de Simulação e Gráficos, Michael McFarlane preparou astronautas para missões de montagem da estação espacial usando simuladores de alta fidelidade. “Minha maior memória é ver a estação crescer enquanto executávamos com sucesso missões de montagem que se pareciam muito com o que analisamos e treinamos em nossas simulações baseadas em terra”, disse ele.
Um Legado de Ingenuidade e Comunidade
Na Sala de Avaliação de Missões, os engenheiros não apenas solucionam problemas em tempo real, mas também celebram marcos com tradições como o “MERloween”, quando os controladores se vestem com fantasias temáticas espaciais para homenagear as lições do ano.
Para o consultor de mídias sociais Mark Garcia, compartilhar a história da estação com o público tem sido o ponto alto de sua carreira. Seu momento favorito foi ao assistir a amerissagem da Crew-9 da SpaceX em 2025, recebida por golfinhos no Golfo da América. “Adoro escrever sobre a ciência a bordo da estação que beneficia as pessoas na Terra”, disse ele.
Por 25 anos, a Estação Espacial Internacional mostrou o que a humanidade pode realizar em conjunto. As lições aprendidas a bordo irão guiar as missões Artemis à Lua e futuras viagens a Marte — garantindo que os próximos 25 anos sejam construídos sobre inovação, resiliência e o espírito humano.






