Indústria e Tecnologia

EUA, Suíça e Coreia do Sul eliminam tarifas aeronáuticas

Os Estados Unidos fecharam novos acordos comerciais com a Suíça e a Coreia do Sul que eliminam tarifas sobre aeronaves e peças de aeronaves, restaurando o acesso sem tarifas para fabricantes e operadores em ambos os países. A National Business Aviation Association (NBAA) saudou os anúncios, que recolocam ambas as nações em conformidade com o Acordo de 1979 sobre Comércio de Aeronaves Civis.

Os novos acordos seguem arranjos similares de tarifa zero que os EUA já mantêm com a União Europeia, Canadá, México e Reino Unido. Os acordos restauram a regra de longa data de que aeronaves civis, motores e peças podem circular entre os países signatários sem tarifas.

Sob a postura comercial anterior dos EUA, produtos aeronáuticos da Suíça estavam sujeitos a uma tarifa de 39% imposta pela administração Trump. Essa tarifa levou a Pilatus Aircraft a suspender suas entregas a clientes dos EUA a partir de agosto de 2025. A Pilatus retomou as entregas no final de outubro para cumprir compromissos anteriores, entregando um PC-12 NGX e um PC-24 a compradores norte-americanos. Fora do setor aeronáutico, a tarifa sobre produtos suíços foi reduzida para 15%.

O acordo de tarifa zero elimina a barreira remanescente que afetava aeronaves e peças produzidas na Suíça, abrindo caminho para entregas normais e suporte pós-venda. A Pilatus possui uma base significativa de clientes nos Estados Unidos, e os modelos PC-12 e PC-24 estão entre os turboélices e jatos leves mais usados no mercado de aviação executiva.

A Coreia do Sul também faz parte do novo acordo, garantindo que produtos aeronáuticos que circulam entre os dois países permaneçam isentos de tarifas. Tanto a Suíça quanto a Coreia do Sul são signatárias do Acordo sobre Aeronaves Civis de 1979, que estabeleceu o comércio isento de tarifas para aeronaves civis entre 30 nações participantes.

O presidente e CEO da NBAA, Ed Bolen, afirmou que os novos acordos apoiarão empregos nos EUA e reforçarão a importância do comércio aberto no setor da aviação. Bolen destacou o marco de 1979 como um fator no superávit comercial de longa data da indústria aeroespacial dos EUA e em sua contribuição econômica para os Estados Unidos.

Uma tarifa de 10% dos EUA continua a ser aplicada às importações de aeronaves provenientes do Brasil. O Brasil também é signatário do Acordo sobre Aeronaves Civis, mas essa tarifa permanece em vigor como parte de ações comerciais mais amplas dos EUA que afetam produtos brasileiros.

Os acordos atualizados com a Suíça e a Coreia do Sul oferecem segurança para fabricantes de aeronaves, fornecedores de peças e operadores que dependem de um comércio transfronteiriço previsível. A remoção das tarifas também reduz os custos para clientes dos EUA que recebem aeronaves das linhas de produção suíças e para operadores que importam peças de ambos os países.

O governo dos EUA não divulgou cronogramas detalhados de implementação, mas a nova estrutura tarifária está alinhada com acordos anteriores de tarifa zero já em vigor com outros parceiros comerciais. Espera-se que a indústria da aviação sinta o impacto imediatamente, à medida que entregas e remessas de peças prosseguem sem as taxas adicionais.

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