Um dos maiores objetivos das empresas na área de inteligência artificial é desenvolver sistemas “agentic” ou autônomos. Esses agentes metafóricos podem executar tarefas sem uma mão humana orientadora. Isso é paralelo aos objetivos da emergente indústria de mobilidade aérea urbana, que espera levar veículos voadores autônomos às cidades ao redor do mundo. Uma empresa saiu na frente em fazer ambos com alguma ajuda da NASA.
A Autonomy Association International Inc. (AAI) é uma corporação de benefício público sediada em Mountain View, Califórnia, perto do Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício. Em 2022, a AAI assinou um Space Act Agreement com o Ames para apoiar o projeto Data and Reasoning Fabric da agência, que tinha como objetivo apoiar o transporte de pessoas e cargas para áreas anteriormente não atendidas ou mal atendidas pela aviação, e fornecer dados confiáveis, precisos e atualizados para a tomada de decisões aeronáuticas.
“A inspiração para recorrer ao data fabric para resolver certas complexidades veio da nossa parceria com a NASA”, disse o cofundador da AAI e investigador principal industrial do projeto, Greg Deeds. “Trabalhar neste projeto foi uma ótima experiência. Trabalhar com engenheiros e líderes da NASA nos deu experiência que levaremos adiante em todos os nossos produtos.”
Semelhante a como o tecido de roupas é feito de fios entrelaçados, um data fabric é composto por fontes de dados entrelaçadas. Enquanto um data fabric construído por uma empresa de tecnologia pode incluir dados de alguns provedores de serviços em nuvem diferentes, o Data and Reasoning Fabric da NASA também pode usar informações fornecidas por governos locais e outros prestadores de serviço. Ao ver o espaço aéreo como um grande data fabric, um veículo autônomo pode receber dados e solicitações das cidades e municípios sobre os quais voa e priorizar respostas entre eles.
Trabalhando com Ken Freeman, investigador principal do projeto no Ames, a AAI e a NASA realizaram quatro adaptações de teste da tecnologia de data fabric no ar sobre o Arizona. Usando hardware e software desenvolvidos pela AAI, os voos testaram voos de mobilidade aérea avançada para passageiros e o uso de um drone para entrega rápida de suprimentos médicos de áreas urbanas para rurais e de volta, enquanto enviavam novas tarefas para a aeronave em voo. Um helicóptero representou o drone e o táxi aéreo, sobrevoando cidades, universidades, terras tribais e o espaço aéreo ao redor do aeroporto Phoenix Sky Harbor e obtendo dados e programas entregues a ele de diferentes locais.
“Estamos focados nos blocos de construção da infraestrutura digital das cidades e regiões inteligentes do futuro”, disse Jennifer Deeds, diretora de operações e cofundadora da AAI.
Nos anos desde o projeto original com a NASA, a empresa cultivou relacionamentos e clientes no exterior, incluindo companhias nos setores de agricultura, desenvolvimento imobiliário e produção industrial de alimentos, que usam seu sistema para agregar e gerenciar dados. Lançada em 2024, a Digital Infrastructure Platform da empresa usa a mesma tecnologia originalmente projetada para o teste de voo da NASA. Uma nova versão “agentic” seguiu pouco depois, capaz de recuperar os programas de IA necessários com interação mínima.
À medida que a IA libera inovação em indústrias americanas, a NASA está equipando seus parceiros comerciais com as chaves, usando tecnologia comprovada para gerar soluções inovadoras.
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