Os pilotos da Latam Airlines no Chile começaram uma greve nesta quarta-feira (12) após rejeitarem a mais recente proposta salarial da empresa. O movimento, anunciado por um sindicato que representa 464 profissionais, foi aprovado por 97% dos associados depois do fracasso das negociações no início do mês.
Segundo o sindicato, a greve foi deflagrada pela recusa da Latam em restabelecer os salários aos níveis anteriores à pandemia de covid-19. Entre 2020 e 2022, durante o processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos, os pilotos aceitaram cortes salariais temporários para ajudar na sustentabilidade do grupo.
O sindicato acrescentou que os executivos já tiveram suas remunerações normalizadas, enquanto os tripulantes permanecem sem o mesmo reajuste.
Impactos operacionais
A Latam informou que a paralisação pode afetar parcialmente as operações até quinta-feira (13), com impacto estimado em menos de 10% dos passageiros em voos com origem ou destino ao Chile. A empresa afirmou que os passageiros poderão remarcar seus bilhetes ou solicitar reembolso integral.
Em comunicado oficial, a Latam declarou manter “disposição permanente para o diálogo” e “reafirma o compromisso de buscar um acordo que atenda aos interesses de ambas as partes“.
Dados da plataforma Flightradar24 indicam que trinta voos com saída de Santiago foram cancelados. Até o momento, nenhuma decolagem com origem ou destino ao Brasil foi afetada pelo movimento grevista.
